Diferença entre acusação de posse e tráfico de drogas
- 4 de novembro de 2024
Entenda a diferença entre acusação de posse e tráfico de drogas, suas consequências e como funciona a defesa penal nesses casos.
- Por Guilherme Perlin .
- Em Tráfico de Drogas
A distinção entre acusação de posse e tráfico de drogas é um tema recorrente no Direito Penal brasileiro. Cada uma dessas acusações traz implicações jurídicas e penais bastante diferentes, tanto em relação às penas quanto aos direitos do acusado. Saber diferenciar esses dois tipos de acusações é fundamental para quem busca entender melhor os trâmites judiciais e como a legislação brasileira aborda esses casos.
De maneira geral, a posse de drogas para consumo pessoal está prevista na Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006) como uma infração penal de menor potencial ofensivo. Isso significa que, embora seja considerada ilegal, a posse de pequenas quantidades de drogas para consumo pessoal não gera pena privativa de liberdade, sendo geralmente aplicada uma advertência, prestação de serviços à comunidade ou outra medida educativa.
Já o tráfico de drogas é enquadrado como crime e possui penalidades mais graves, com penas de reclusão que podem variar de cinco a quinze anos, além de multa. Para caracterizar o tráfico de drogas, a legislação leva em conta uma série de fatores que podem indicar a intenção de comercializar a substância, como a quantidade de drogas encontrada, a forma como elas estão embaladas e outros elementos que possam apontar para o comércio ilegal.
O que caracteriza a posse de drogas?
A posse de drogas, conforme o artigo 28 da Lei de Drogas, é definida como a posse de substâncias entorpecentes para uso pessoal. A legislação prevê que a quantidade de droga, as circunstâncias e o comportamento do portador no momento da abordagem são fatores analisados pelas autoridades para decidir se a substância se destina ao consumo próprio. Para definir se a droga se destina ao consumo pessoal, o juiz pode considerar também a quantidade da substância apreendida, as condições pessoais do acusado e o local onde foi encontrada.
Quando alguém é pego com uma quantidade pequena de droga e não há indícios de que a substância seja destinada à comercialização, o acusado poderá ser enquadrado por posse para uso pessoal. Nesses casos, não há pena de prisão, mas podem ser aplicadas medidas educativas, como prestação de serviços à comunidade e participação em programas de prevenção. Essa é uma abordagem mais leve do sistema jurídico brasileiro para casos onde a pessoa é apenas usuária de drogas, diferenciando-a daqueles que se dedicam ao comércio ilegal de entorpecentes.
Como é definida a acusação de tráfico de drogas?
A acusação de tráfico de drogas é muito mais grave e possui consequências legais rígidas, uma vez que o tráfico é visto como um crime de alta periculosidade, prejudicial tanto ao usuário quanto à sociedade. Conforme o artigo 33 da Lei de Drogas, o tráfico é caracterizado pela posse de quantidades maiores de drogas, acompanhada de elementos que indiquem a intenção de comercializar a substância. Esses elementos podem incluir a presença de dinheiro em grande quantidade, embalagens fracionadas, balanças de precisão, armas ou mesmo depoimentos que associem o acusado à venda de entorpecentes.
A diferenciação entre posse e tráfico pode não ser clara em todos os casos, especialmente quando a quantidade de droga apreendida está em uma área intermediária. Nesses casos, cabe ao advogado criminalista atuar com precisão para esclarecer as circunstâncias e contestar a acusação de tráfico, caso não existam provas concretas de comércio. Como o tráfico de drogas traz penas mais severas, uma defesa bem estruturada é essencial para evitar uma condenação indevida.
Se você busca um advogado criminalista em Cascavel especializado para auxiliar em uma acusação de posse ou tráfico, é essencial contar com um profissional experiente em Direito Penal. Esse suporte garante uma análise aprofundada do caso e a aplicação de estratégias de defesa adequadas à situação.
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Consequências da acusação de tráfico em comparação com a posse de drogas
A principal diferença entre uma acusação de posse e uma acusação de tráfico de drogas está na pena. Enquanto a posse para consumo pessoal é tratada com medidas alternativas e educativas, o tráfico de drogas é punido com reclusão de 5 a 15 anos, além de multa. Essa distinção reflete a postura da lei, que procura tratar o usuário de maneira diferente daquele que se envolve no comércio de drogas, visto como uma ameaça maior à ordem pública.
Além disso, o réu acusado de tráfico perde a possibilidade de cumprir a pena em regime semiaberto ou de ser beneficiado por penas alternativas. Em contrapartida, o usuário detido por posse de drogas não será preso, mas poderá ser obrigado a participar de programas de conscientização ou prestar serviços à comunidade. Assim, a classificação correta da acusação é determinante para a vida do acusado e influencia diretamente o rumo do processo judicial.
A importância da defesa em casos de posse e tráfico de drogas
Contar com uma defesa especializada é essencial tanto para quem é acusado de posse quanto de tráfico de drogas. Em situações onde a quantidade de droga não é expressiva, mas o detido é acusado de tráfico, a atuação de um advogado criminalista pode ajudar a esclarecer os fatos e evitar uma condenação injusta. Em casos de flagrante ou de acusações graves, como o tráfico, é fundamental que a defesa argumente sobre possíveis irregularidades na abordagem e no cumprimento dos procedimentos legais, de modo a proteger os direitos do acusado.
No escritório de Guilherme Perlin Silva Advogado Criminalista, oferecemos apoio em todas as fases do processo penal para acusados em casos de posse ou tráfico de drogas. Contamos com uma equipe experiente e dedicada à defesa de nossos clientes em questões de Direito Penal, além de serviços de Consultoria e Assessoria em Leis Especiais Penais e Defesa e Representação em Direito Processual Penal, atuando com comprometimento para garantir os direitos e interesses dos envolvidos.
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